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Prevalência da Asma no mundo e no Brasil





Olá! Tudo bem? Esse blog faz parte da Chakalat.net e esse post fala sobre Prevalência da Asma no mundo e no Brasil.

A revisão em torno da Classificação Internacional de Doenças (CID-9) ocorrida em 1979 informou o aumento do número de óbitos provocados pela asma e a redução de mortes atribuídas a bronquite e a enfisemas. Isso foi possível caracterizar através da nova identificação registrada nos atestados de óbito. Entretanto, para Backman (1997) e Benatar (1986), apesar de o aumento ser real, os principais motivos que contribuem para isso é a mudança na prevalência da asma, mudança na gravidade da doença, confiança em excesso em beta-agonistas inalados e, ainda, avaliação e terapia inadequadas.

A asma é apontada por Lissauer e Clayden (1998) como o distúrbio respiratório mais comum em crianças, as quais representam o maior índice de internação hospitalar. A doença afeta entre 11% e 15% dos escolares. Conforme esses autores, na infância a asma acomete duas vezes mais os meninos. Já na adolescência, afeta igualmente os dois sexos. Maia (2004) é outro autor que afirma serem os sintomas asmáticos mais elevados no sexo masculino na primeira década de vida.

De acordo com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), com sede em Genebra, entre 100 e 150 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem da doença. Esses números representam de 4% a 12% da população no globo. O que chama a atenção é que está havendo aumento em todos os grupos etários.

A prevalência da asma é maior em países industrializados, porém as diferenças em relação aos países em desenvolvimento estão diminuindo. Essa é a opinião de Barnes (1992), o qual informa, também, que os índices de asma e as hospitalizações provocadas pela doença vêm crescendo em todo o mundo.

Conforme divulga o site www.asmabronquica.com.br/paciente, Brasil, Panamá, Costa Rica, Peru e Uruguai apresentam entre 20% e 30% de prevalência de doentes com asma. A Índia possui entre 15 e 20 milhões de pessoas com a doença, a qual prevalece em crianças de 5 e 11 anos de idade, o que representa 10% a 15% do grupo afetado. Na Austrália, uma entre cada seis pessoas torna-se asmática. No Japão, três milhões de pessoas têm asma. Na Alemanha, quatro milhões. Na Suíça, um dado preocupante mostra que 25, 30 anos atrás, o grupo de asmáticos era de apenas 2% e, recentemente, a doença já incide em 8% da população.

Importante para esta monografia ressaltar o fato de a asma incidir mais sobre crianças, as quais, conforme diz a OMS, representam entre 10% e 15% de todos os casos da doença.

Nos Estados Unidos, os índices revelam que até 5% da população é acometida pela asma, o que significa aproximadamente 15 milhões de pessoas. Destas, cerca de 4,8 milhões são menores de 18 anos de idade. Com base em indicativos do Centro Nacional de Estatísticas em Saúde, Backman (1997) e Benatar (1986) informam no Jornal de Medicina "New England" que a taxa de morte ocasionada pela asma passou de 40% nos anos 1982 a 1991. Isso se refere ao número de óbitos por população de um milhão de pessoas, que subiu de 13,4 para 18,8 em cada milhão de pessoas.

ROZOV (1999), em seu livro, cita que, entre 1979 e 1987, aumentaram em 45% as hospitalizações entre pessoas até 15 anos de idade nos Estados Unidos em decorrência da asma. Na opinião desse estudioso, tal elevação pode estar relacionada com o verdadeiro aumento na prevalência e também com o reconhecimento precoce dos sintomas.

Constatou-se, durante o II e III Consenso Brasileiro de Manejo da Asma, realizado em Brasília nos anos de 1999 e 2001, que nos últimos 10 anos a mortalidade por asma vem aumentando nos países em desenvolvimento. Isso corresponde a 5% e 10% das mortes por causa respiratória, com elevada proporção de óbitos domiciliares.

2.2 No Brasil

Conforme o Instituto Punin de Informação e Referência em Asma, vinculado à USP e com sede em São Paulo, estudos recentes revelam que a incidência da asma em crianças tem aumentado nos últimos anos e que os números duplicaram em duas décadas. Para essa Instituição, a asma é considerada a principal causa de falta à escola e ao trabalho.

A agência da ONU vinculada à Organização Mundial Saúde no Brasil estima que entre 20% a 30% das crianças têm asma. Atenta para o aumento da mortalidade infantil de 0,2 para 0,4 em cada 100 mil e para o fato de 23% da população de adolescentes serem asmáticos ativos, enquanto 40% já apresentaram algum sintoma da doença. Sabendo que o Brasil ocupa a 8ª posição no mundo, a Câmara Municipal de São Bernardo, no ABC paulista, está implantando um Programa de Saúde da Criança e do Adolescente para a capacitação dos profissionais da saúde cujo primeiro módulo visa exatamente atender os portadores de asma.

Em recente campanha nacional (junho de 2004) com o título "Viva sem asma", divulgada por diversos veículos de comunicação, os dados apresentados são muito expressivos. No mundo, há 300 milhões de asmáticos. No Brasil, são 18 milhões. Mais de R$ 100 milhões são gastos em internações. Mais de 75% dos pacientes abandonam o tratamento antes que este complete um ano. Anualmente, duas mil pessoas morrem vítimas de asma no País, o que representa uma média de seis óbitos por dia.

Estudos da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia indicam que os cofres públicos despendem 76 milhões de dólares por ano em decorrência das 400 mil internações provocadas pela asma. Isso representa o terceiro maior gasto da rede pública de saúde com hospitalizações.

Na opinião de Souza (2002), os estudos epidemiológicos no Brasil são poucos, e a verdadeira dimensão da doença é desconhecida. Os números expressivos da prevalência de asma chegam até a 25%, e são as crianças as mais atingidas.

Devido à confusão na identificação e no diagnóstico da asma, o registro e a estimativa são bastante dificultados. A respeito disso, Rozov (1999) diz que a asma pode ser confundida com bronquiolite viral aguda. Rozov diz ainda que a prevalência da asma entre crianças, em algumas comunidades, chega até a 10%, e o atendimento em pronto-socorro, até 16%.

Em estudo efetuado pela ISAAC em algumas cidades brasileiras, ficou demonstrado que a prevalência da asma em crianças de 6 e 7 anos e de 13 a 14 anos perfaz a média cumulativa de 13,3%. Nesse mesmo estudo, verificou-se que os atendimentos ambulatoriais gerais chegaram a 5% das consultadas pediátricas e, ainda, que os atendimentos em urgência pediátrica atingiram o percentual de 16% dos casos em crianças asmáticas.

Em seus estudos, Da Silva (2001) aponta uma constatação interessante e também preocupante, ao demonstrar que os gastos com hospitalizações representam menor parcela do custo da doença. De modo global, esse gasto inclui transporte, uso dos serviços de emergência, remédios, pensões e benefícios, perdas nos dias letivos e no trabalho, isso sem falar no sofrimento humano e nas mortes que ela provoca, impossíveis de expressar em valores financeiros.

Pelo que foi exposto acima, pode-se entender a gravidade do problema causado pela doença asma no Brasil. Diante de tal constatação, o Ministério da Saúde implantou o Plano Nacional de Controle da Asma (PNCA) exatamente com o objetivo de oferecer atenção padronizada ao asmático em toda a rede pública de saúde. A partir da criação de um comitê composto por vários especialistas, foram definidas ações e propostas de diagnóstico, terapêuticas e educativas, para que fossem postas em prática pela rede ambulatorial pública de saúde. Destacam-se entre as medidas adotadas o fornecimento gratuito de medicação inalatória, na tentativa de reversão do quadro supracitado.

Fonte

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