Olá! Tudo bem? Esse blog faz parte da Chakalat.net e esse post fala sobre Asma brônquica e a emoção.
A Asma é um dos quadros mais associados ao conceito que se tem da psicossomática. A fisiopatologia clássica tem atribuído a Asma Brônquica um desequilíbrio (constitucional) nos receptores beta-adrenérgicos da mucosa brônquica.
Os leucócitos destes pacientes costumam liberar com facilidade certas substâncias que acabam produzindo a bronco-consctrição como respostas a estímulos (adversos ao paciente) específicos, como por exemplo, odores, mudanças de temperatura, fumo, inalantes ambientais, poluição, pêlos de animais, drogas, polens, poeira, ácaros, alimentos, exercícios físicos, situações de ansiedade e estresse, etc.
A Asma Brônquica é uma doença pulmonar, que pode por a vida em perigo e, com freqüência, trata-se de uma doença crônica. Em outras palavras, a pessoa pode padecer de asma por toda a vida. A Asma Brônquica causa problemas respiratórios, os quais, quando agudos se chamam Ataques ou Episódios de Asma Brônquica.
Alguns pesquisadores puderam verificar uma relativa deficiência de esteróides e catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) nos pacientes com Asma Brônquica Brônquica, favorecendo assim uma resposta bronco-constrictora aos agentes desencadeantes. Crianças asmáticas produzem menores níveis de epinefrina e norepinefrina (catecolaminas) essenciais para manter a broncodilatação, diante de agentes estressores (materiais ou emocionais). Nesses pacientes os receptores beta-adrenérgicos seriam estimulados de forma anômala, levando assim à disfunção do asmático.
Além dessas catecolaminas, tem-se demonstrado o envolvimento de alguns neuropeptídeos nas reações alérgicas. O principal neuropeptídeo identificado até agora é a chamada Substância P, um neuropeptídeo liberado por terminações nervosas na mucosa brônquica e certamente um dos componentes mais importante nas chamadas reações asmáticas tardias. Um outro neuropeptídeo, a capsaicina, teria um importante papel nas reações alérgicas caracterizadas por edema e eritema cutâneos que ocorrem na urticária.
A sugestionabilidade do paciente asmático já é bastante conhecida, explicando assim o desenvolvimento de crises até por estímulo visual (alguns vêem a fumaça de longe e já têm bronco-espasmo) bem como as curas fantásticas por procedimentos alternativos. Não obstante, como em tantos outros quadros psicossomáticos, há necessidade da presença simultânea de fatores de ordem psicológica e biológica (sensibilidade alérgica) para o desenvolvimento da Asma Brônquica Brônquica. Aliás esse tema é bastante propício a reflexões sobre a possibilidade dessa tal "hipersensibilidade" ser, holisticamente, tanto física quanto afetiva nos pacientes asmáticos.
Um Ataque de Asma Brônquica
Em geral, os sintomas da asma começam ou são "provocados" por algo que agride os pulmões (ou a pessoa?). Estes agentes são denominados desencadeantes da asma. Existem muitas classes destes desencadeantes, os quais podem ser desde vírus, alergias, até outras partículas do ar.
Devido a esta ampla variedade de causas, pode ser muito difícil deduzir o que, exatamente, tem provocado os Ataques de Asma Brônquica . Inclusive pode-se chegar a pensar que estes ataques não acontecem sem que alguma coisa os provoque.
Embora não ocorra com a maioria dos casos, uma vez que se descobre o que provoca a asma, algo poderá ser feito para prevenir futuros ataques. Em outras palavras isto pode permitir exercer algum controle nas crises. Há casos onde, por exemplo, os exercícios físicos desencadeiam crises de asma. Nesses casos recomenda-se, não que o asmático deixe tais exercícios, mas que tome medicamentos antiasmáticos antes deles. O mesmo podemos recomendar em relação ao frio, aos frutos do mar, às penas, etc, quando estão relacionados à crises de asma.
Até hoje não se sabe ao certo como (ou porque) uma pessoa adquire a asma. Sabe-se, entretanto, que uma vez que se a tem, os pulmões podem reagir a estímulos que podem desencadear os Ataque de Asma Brônquica . No asmático, por exemplo, uma simples secreção gripal, de resfriado ou de infecção poderá provocar uma crise asmática.
Durante a Crise de Asma Brônquica , três alterações podem ocorrer nos pulmões:
1 - As células das vias respiratórias secretam mais muco que o normal. Este muco é muito espesso e tende a obstruir as vias aéreas.2 - O neuropeptídeo chamado Substância P, é liberado por terminações nervosas na mucosa brônquica.3 - As vias respiratórias tendem a inflamar-se, da mesma maneira que a pele se inflama quando faz um ferimento.4 - Os receptores beta-adrenérgicos da mucosa brônquica seriam estimulados de forma anômala.5 - Os músculos das vias respiratórias se contraem, principalmente os esfíncteres dos brônquios.
Estas alterações acabam por causar o estreitamento das vias respiratórias, o qual dificulta a respiração e produz a falta de ar. O Ataque de Asma Brônquica pode começar de repente, ou pode ser paulatina, levando dias para desenvolver-se totalmente. Esses ataques podem ser graves, moderados ou leves.
Ataques Graves
Nesses casos a falta de ar é forte o suficiente para causar dificuldade ao paciente para falar. Os músculos do pescoço podem estar muito tensos devido ao esforço para respirar. Tanto os lábios como as mãos podem apresentar uma coloração mais azulada (cianose) por falta de oxigênio.Em caso de um ataque de asma grave é necessário ajuda médica de urgência. Os casos de óbito por asma acontecem, na maioria das vezes, porque não se buscou ajuda médica em tempo hábil.
Ataques moderados e leves
Estes ataques são os mais comuns. Pode começar com tosse ou com expectoração de catarro. Normalmente o paciente fica inquieto ou tem problemas de insônia. Da mesma forma que para os casos graves, medicamentos anti-asmáticos devem ser usados. Não se recomendam medicamentos para a tosse durante essas Crises de Asma Brônquica.
Em qualquer tipo de ataque de asma podem estar indicados os medicamentos chamados broncodilatadores, os quais ajudam a interromper os ataques de asma depois de começados.
Os broncodilatadores aliviam o paciente durante um ataque de asma. Sua função é relaxar os músculos das vias respiratórias facilitando a respiração. Os antiinflamatórios, por sua vez, proporcionam as vias respiratórias desinflamadas e com menor quantidade de muco. Outro grupo de medicamentos usados para a asma são os corticóides.
Elementos Emocionais e Psicopatológicos associados à Asma Brônquica
Muitos são os estudos que procuram vincular estados emocionais e o desenvolvimento de asma brônquica. Biologicamente, a psico-fisiopatologia da asma tem forte relação com os elementos associados à alergia, de um modo geral. As teorias mais aceitas para explicar o broncoespasmo dizem respeito ao efeito hipersensibilidade colinérgica (1).
A ansiedade tem sido apontada por vários autores como tendo importante ocorrência entre asmáticos. Testes de avaliação (escalas) de ansiedade demonstram níveis bem mais altos entre os asmáticos (2), mesmo entre episódios agudos de asma ou fora das crises.
Outros autores constatam ocorrência significativa de dificuldades comportamentais e de ajustamento entre crianças portadoras de asma precoce (3). No Canadá alguns pesquisadores comparam a psicopatologia associada à asma e ao diabetes em crianças e adolescentes e constatam altos índices de ansiedade e transtornos comportamentais (4). Entre esses transtornos comportamentais, a Hiperatividade foi dos mais encontrados em crianças asmáticas (5).
Alguns autores, entretanto, não encontraram aumento de ansiedade nas crianças asmáticas tão expressivo quanto encontraram nos pais dessas crianças (6), ou alegam que a ansiedade dos pacientes asmáticos ocorreria mais por conseqüência que como causa da asma. Stores entende que as ocorrências psicopatológicas dos asmáticos poderiam ser decorrentes das noites mal dormidas e do medo da própria doença (7).
Há ainda alguns estudos mostrando o bi-comprometimento de agravo entre a Síndrome do Pânico, piorando crises de asma, e a asma piorando crises de Pânico. De qualquer forma, sempre ressaltando a importância do componente ansioso (8).
Além da ansiedade, Puura entende que a Depressão infantil poderia ter uma correlação somática, através da asma, por exemplo, e um componente comportamental através da rebeldia, agressividade e hiperatividade (9).
Fonte: http://gballone.sites.uol.com.br/psicossomatica/asma.html
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3 comentários
Combatemos na mesma frente com arams diferentes. Visite meu blog em http://allergocontrol.blogspot.com/
Ou melhor, com armas, né?
Existe auxílio doença inss nesse caso
Asma bronquica
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